Rui Vicente nasceu no Porto a 1 de junho, dia mundial da criança. Esta circunstância, ditada pela natureza, traçou-lhe o destino – não cresceu, diz habitualmente a quem se surpreende ao vê-lo, décadas depois, a vibrar com a música eletrónica que o leva a Ibiza ou o faz percorrer o circuito dos melhores DJs internacionais. Aos onze anos escolheu cursar direito, vindo a licenciar-se pela Faculdade de Direito de Coimbra. Exerce a advocacia, única profissão que teve até hoje, na comarca de Matosinhos. A Marcelo Rebelo de Sousa, que começou a ler adolescente ainda, e ao “Expresso”, uma companhia para a vida, deve a paixão pela comunicação social, consumada com alguns contributos, enquanto colaborador, n’ “O Comércio do Porto” e no “Portugal Empresarial”, suplemento do “Diário Económico” da responsabilidade da Associação Empresarial de Portugal e, mais recentemente, no “Porto Canal”. Em 2013 integrou uma das listas concorrentes às eleições para os órgãos da Ordem dos Advogados. Anteriormente, em 2006, havia vencido o prémio literário “O Meu Primeiro Best-Seller” com o romance “A Mais Bela Nas Alturas”. Escreve por prazer – porque, como alguém disse no século quinto, a vida é prazer ou nada.

Com a Idioteque publicou Fucking N’Elas (2014), um livro que é o contrário do que parece – um título machista para uma história em que as personagens fortes e dominadoras são as femininas. As mulheres ganham sempre, escreve-se a dado passo no texto. Paulo, advogado em princípio de carreira, a quem maldosamente é atribuída a alcunha que dá nome ao romance, vai perder-se por Dânia, uma cliente inteligente e bela, indiciada pela prática de um homicídio, que subtilmente o conduz ao crime.